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 Dona Amélia, a anfitriã de hortícolas  

Todos os dias chega ao mercado às 7 horas e monta  a sua banca de hortícolas  e frutas. Dona Amélia Josina, uma das mamanas mais antigas do Mercado do Povo, com muito suor cuida de cinco filhos e quatro netos.



Natural de Inhambane, veio a Maputo para acompanhar o marido que em vida  trabalhava no transporte publico,  TPM. Engajada desde cedo nos movimentos da Organizacao da Mulher Mocambicana, ela não esconde o descontentamento que tem pelo estágio actual deste movimento.


“Eu sou Frelimo. Comecei no tempo de Samora, podem haver pessoas que estragam a Frelimo, mas eu gosto e sou membro da OMM e do partido", explica. "Hoje, não é mais a Frelimo de Samora onde  tínhamos gosto. Agora é tudo por interesse e sem paixão”.


Mamã Josina

Mesmo com toda a indignação que tem pelas actuais directrizes do partido, ela é uma combatente de mãe cheia, festeja com muito fervor cada data que assinala a história do país e recorda a heroína Josina Machel como muito saudosismo.


“Mamã Josina é a nossa heroína, comemoro sempre o 7 de Abril, ela contribui para o emponderamento feminino nacional e daí em diante a mulher luta diariamente pela dignidade da sua família”.


Mesmo tendo que fazendo a rota  diária de chapa Maxaquene B, Zimpeto, Machava e Mercado Central, ela recebe os seus clientes com um sorriso encantador. Vovó Amélia é muito querida no mercado, toda a gente procura-a para pedir conselhos ou conversar.


Apesar de reconhecer que o desenvolvimento actual não ajuda a pessoas idosas porque sofrem para apanhar transportes e não são respeitadas pela nova geração, Vovó Amélia não abre mão de ser vendedora e carrega o orgulho de ser moçambicana no coração.


Quem a vê  sorrir não imagina que com o pouco que ganha, paga impostos ao município, taxas de mercado e uniformes da OMM e capulanas que deve comprar em todas as datas comemorativas para alimentar a chama do socialismo que tem no coração.

                                                                                         Benilde Matsinhe

"Hoje, não é mais a Frelimo de Samora onde  tínhamos gosto. Agora é tudo por interesse e sem paixão”.
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