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É preciso apostar na producão comercial da fruta 

​Entrevista com o director nacional do sector agrário, Mahomed Valá, Ministério da Agricultura

 

Mahomed Valá, 

director nacional do sector agrário, Ministério da Agricultura 



Os comerciantes nacionais dizem que recorrem a fruta estrangeira em detrimento da nacional, devido a falta de qualidade, sera isto verdade?

- Não é bem assim, falta a coordenação entre a produção e o abastecimento dos mercados que pressupõe transporte. Temos muitos produtores de pequena escala e precisamos de coordenar as suas actividades para melhor abastecer os mercados. Moçambique é grande exportador de ananas para EUA e bananas para o mercado europeu e asiatico e ainda não ouvimos essas reclamações. 


Os comerciantes dizem que o processo de maturação da banana retira a qualidade?
Trata se destes pequenos produtores que desconhecem as técnicas para maturação desta fruta, enterram e colocam cinzas, mas isto não retira a qualidade da fruta. Mas há outros que recorrem ao processo natural de maturação e isto é visivel nas frutas que compramos nas zonas agricolas.


Porque  dependemos da fruta da época?

Ainda não temos grandes investimentos no sector da fruticultura para termos frutas todas epocas. Temos sementes desenvolvidas pelo Instituto de Investigação Agraria para este efeito, mas requer irrigação permanente, adubação e combate as pragas, pelo que são poucos investidores nesse sentido.
Mas partindo do pressuposto que a fruta é para vitaminar as pessoas  a fruta da epoca faz muito bem, mas reconheço que há pessoas que podem precisar de consumir uma determinada  fruta numa epoca que ela não exista, dai a razão para haja fruta em todas épocas.



O que será feito para que haja fruta nacional no mercado?

Estamos a incentivar a produção comercial e a união de pequenos produtores.  Temos tecnicos que prestam assistência a diversos grupos de agricultores, desde que estejam associados.

Os Ministérios da Agricultura e de Indústria e Comércio estão a preparar um memorando de entendimento com os supermercados para a comercialização da fruta nacional. Por outro lado, trabalha-se para criação de condições de conservação nos mercados abastecedores.

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