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Bagunça generalizada e anti-higiénica na zona de frangos

A sala de reunião​​​ é frequentada por ratos e tem uma conduta de águas residuais

Devido ao mau cheiro e moscas somos obrigados a retardar algumas reuniões naquela sala.

Agua suja na sala de reunião 

Até hoje não há avanços.

Casas de banho sem água para lavar as mãos​​​

Valor dos impostos deveria resultar na melhoria

de condições

O Mercado do Povo produz mensalmente uma receita de

76 mil meticais provenientes de impostos pagos pelos

comerciantes, mas debate-se com problemas de fraca cobertura, iluminação deficiente, e a falta de um tanque para águas residuais. 



Existente há quase 40 anos, o Mercado do Povo localiza-se próximo do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, e constitui um ponto de referência para muitos citadinos que ali comem, bebem e fazem as compras.

Desde a sua criação, não beneficiou de uma reabilitação de raiz, o que complica as actividades, principalmente nos  dias de chuva.
Cada comerciante é responsável pela melhoria das suas condições.​



Taxas

Segundo Amosse Cuambe, chefe do mercado, de um total de 352 bancas, 206 vendem produtos frescos, hortícolas, frangos e carvão. As restantes 146 englobam barracas de venda de bebidas, comidas, mercearias e alfaiatarias.

O primeiro grupo paga uma taxa diária que varia entre os cinco a 15 meticais. No segundo grupo a taxa é mensal e varia entre 400 meticais para as barracas construídas pelos vendedores e 620 para as do município.
No final de cada mês, dos quase 76.000 meticais arrecadados, 14 mil são alocados a comissão dos vendedores para o pagamento da luz, água, guardas e a limpeza do mercado.

Problemas do mercado

Joana Langa, 80 anos, vendedeira do mercado desde 1974, conta que desde aquele ano o Conselho Municipal promete a melhoria de condições do mercado e até hoje o discurso não passou a pratica.
“Temos problemas de falta de cobertura e quando chove, alguns  fecham as bancas. O Município cobriu uma pequena parte do mercado em 2009, reabilitou cerca de 25 bancas e prometeu concluir o trabalho mas até hoje não há avanços”, disse Langa.

Ela apontou a falta de iluminação, pavimentação, fontanário  no sector de abate das galinhas para permitir a lavagem do local no final do dia e a falta de um dreno para depositar água suja.
Os vendedores recorrem a uma conduta que passa da sala de reuniões para depositar água suja, apesar de estar cheia e gerar moscas naquele espaço.
“Devido ao mau cheiro e moscas, somos obrigados a retardar algumas reuniões naquela sala”, lamentou.



Sonhos demorados

O chefe do mercado diz que esta ciente dos problemas levantados pelos vendedores. Ele explica que o Conselho Municipal da Cidade de Maputo tem um projecto de requalificação dos mercados, ainda sem data para o inicio das obras.

O projecto será financiado através das receitas produzidas pelos mercados, pelo Banco Mundial e pelos investidores.
Apesar da idade, Joana Langa e outros vendedores sonham com a materialização das promessas da edilidade e que as taxas pagas resultem na melhoria de condições para a prática do comercio.

​                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         Argunaldo Nhampossa

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