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Problemas da horticultura urbana em Maputo

Em Maputo, cerca de 13.000 horticultores cultivam 2.300 hectares de terra no Vale de Infulene e Mahotas. Na Matola a horticultura é praticada em 2.600 hectares.
Para além de ser o principal fornecedor de alimentos frescos para capital, as zonas verdes constituem uma importante fonte de emprego para famílias pobres, particularmente as chefiadas por mulheres.
Em Maputo e Matola este sector proporciona emprego para cerca de 40,000 pessoas.
A renda diária de um horticultor comercial em Maputo é de cerca de USS4, ou 125 meticais, bem acima da linha nacional de pobreza de USS o\0,50, ou 15 meticais.

União Geral das Cooperativas
 

Algumas agricultoras estão filiadas a União Geral das Cooperativas (UGC), produzem frutas, flores, hortícolas e dedicam-se também a produção de aves.
A UGC é um importante elo de ligação entre os agricultores e o mercado para o abastecimento.

 

Obstáculo para maior produtividade e rentabilidade
 

A maioria dos agricultores cultivava repolho e alface mas poucos cultivavam lavouras de maior valor como cebola, cenoura, beterraba e pimentão. Os agricultores que variaram a sua produção reportaram uma renda diária media duas vezes maior que a renda dos que cultivavam menos de três lavouras.
A relutância dos agricultores em diversificar a produção era explicada pelo medo de ter seus produtos roubados ou perder as lavouras em inundações, além da falta de mercados confiáveis.
As associações de produtores eram prejudicadas pelo baixo nível educacional dos membros e líderes, pelo facto dos membros não pagarem suas taxas e, em consequência, pela falta de recursos financeiros  

Principais problemas



As associações de produtores eram prejudicadas pelo baixo nível educacional dos membros e líderes, pelo facto de os membros não pagarem suas taxas e, em consequência pela falta de recursos financeiros.
Embora o crédito estivesse disponível em instituições locais de microfinanças, menos de 40% dos produtores haviam contraído empréstimos.
O crédito faz uma grande diferença para a renda média: os que obtiveram empréstimos ganhavam duas vezes mais que os outros.

Um problema maior para os pequenos horticultores tem sido as tentativas de controlo de suas terras por parte de agricultores mais ricos.
Contudo, as associações de horticultores os têm ajudado a defender seus lotes. Uma pesquisa recente constatou que a maioria dos horticultores havia ocupado as terras ou recebido terras gratuitamente como parte da redistribuição após a independência.
Incentivados pelo serviço de extensão agrícola e ONGs, ingressaram em associações, que possuíam os títulos de uso da terra e desempenharam um papel importante na alocação de terras

Falta de assistência técnica,
 Salinização dos solos
 Conhecimento limitado do controle das pragas e doenças.
 Concentração de produção na estação seca Abril - Setembro, que provoca super produção e redução dos preços.

 

FONTE: PRIMEIRO RELATÓRIO SOBRE A HORTICULTURA URBANA E PERIURBANA:CIDADES MAIS VERDES NA ÁFRICA
      http://www.fao.org/ag/agp/greenercities/pt/SOUPHA/baixar.html

Caixas usadas para embalar fruta proveniente da Africa do Sul 

Fruta estrangeira domina mercado nacional

A relutância dos agricultores em diversificar a produção era explicada pelo medo de ter seus produtos roubados ou perder as lavouras em inundações, além da falta de mercados confiáveis.
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