MERCADO DO POVO
Moda africana chega a Maputo
Tudo começou há mais de 10 anos, quando o costa marfinense Mussa Sidiki decidiu abrir em Moçambique um espaço que oferecesse roupa tipicamente africana, com maior enfoque para modelos do seu país. Assim nasceu a alfaiataria Mussa, que funciona dentro do Mercado do Povo.
A movimentação é garantida. São cinco jovens que diariamente devem responder aos desejos dos seus clientes, pois o trabalho é feito por encomendas.
Eles garantem que a moda pegou, a olhar pela quantidade de roupa exposta na loja, toda ela encomendada, entre vestidos, fatos, calças, camisas e túnicas.
“A beleza da mulher africana está neste tipo de roupas, e não nas europeias. Trouxemos o estilo da Costa do Marfim porque Moçambique não o conhecia, e está a ter uma boa aceitação”, disse Sarangare Sidiki, gerente da loja e irmao do propietario.
Ele explica que o maior assédio tem sido das mulheres, pois semanalmente elas querem mudar o look, para casamentos, baptizados ou outras cerimónias. Para os seus maridos, estas mulheres só encomendam de vez em quando camisas ou túnicas a moda africana.
Os desafios no negocio
O vestido mais caro pode ser encomendado a 1.500 meticais e o mais barato a 700 meticais, enquanto o modelo mais caro dos fatos custa 2.000 meticais.
A loja tem modelos e capulanas, mas o cliente é livre de trazer os seus próprios. Os tecidos são adquiridos na África do Sul, porque sai mais em conta recorrer a este mercado devido ao preço que é acessível.
Como qualquer outro negócio, este também sofre prejuízos. Logo a entrar, os três molhos de roupa na parte superior são encomendas que não foram levantadas, a agravar porque a loja não estipula prazos para o efeito.
“Achamos melhor trabalhar assim. Sabemos que os moçambicanos não têm dinheiro", diz Sidiki. "Quando passa muito tempo, estas roupas são colocadas à venda, e se o cliente chegar, lhe devolvemos o valor que pagou pelas capulanas”.
“Essa situação acontece tanto do lado do cliente, assim como da alfaiataria, porque nem sempre conseguimos entregar as roupas a tempo. Por isso, achamos que devemos ser compreensivos”, acrescenta.
Saiba mais:
http://claudio-zeiger.blogspot.com/2012/03/traje-africano.html
http://www.ehow.com.br/roupas-estilo-africano-mulheres-sobre_7270/
http://modelovestidos.blogspot.com/2012/04/vestidos-africanos-fotos-modelos.html