MERCADO DO POVO
Chama-se Djallo, vive em Moçambique e é da Guine Conacri. Trabalha como alfaiate no Mercado do Povo. Faz roupas a moda africana. Usa capulanas moçambicanas e da Nigéria.
As roupas que produz em termos de preço variam entre 3 mil a quatro mil meticais. Fala francês que é a língua oficial do seu país de origem. Enquanto trabalha, houve as notícias do mundo e do seu país através de um radiozito, que está sintonizado ao canal da Rádio Internacional França. O mesmo fica pendurado na parede.
Djallo diz que é adepto da selecção de futebol de Moçambique, os mambas, e que no jogo contra as duas equipas estava divido. Mas quando são outras equipas apoia totalmente a moçambicana.
Arão Nualane
O guineense que apoia os mambas
A distância entre Maputo, Moçambique, e Conacri na Guiné é de aproximadamente 10.600 quilómetros.
A falta de microcrédito impede a pequenos comerciantes e empreendedores, como Ana EstevãoMatavele, expandir seus negócios e ganhar mais dinheiro
A arte de lidar com tecidos
Ana Estevão Matavele aprendeu a arte de lidar com tecidos, máquinas de coser e linhas com a sua mãe, já falecida. Começou a profissão de costureira aos 12 anos, em Manhiça. Hoje residente em Intaka, Maputo, 44 anos, Estevão Matavele trabalha como alfaiate no Mercado do Povo há dois anos.
Ana Matavele sai todos os dias de casa as seis horas e abre a sua alfaiataria por volta das nove horas. Com ajuda de duas máquinas e uma moça, ao som dos pedais fazem a linha e a agulha produzirem roupas com estilo africano.
Por mês paga 1.500 meticais para alugar a barraca e 450 meticais como taxas do Mercado
As clientes trazem as suas capulanas. Um fatinho custa 700 meticais e uma blusa simples, 350.
“Se tivesse dinheiro, comprava os meus próprios tecidos e fazia a roupa para depois vender”, disse Matavele.
A falta de microcrédito impede a pequenos comerciantes e empreendedores, como Matavele, expandir seus negócios e ganhar mais dinheiro.
“Nunca fiz empréstimo para aumentar o meu negócio, mas se surgir uma oportunidade para devolver em prestações, não irei desperdiçar”, diz. “Seria uma forma de homenagear a mãe que me ensinou a arte“.
Arão Nualane