MERCADO DO POVO
Reportagem do Laboratório de Jornalismo Multimídia da IREX
Escolhemos o Mercado do Povo para a nossa reportagem multimídia porque é um lugar tradicional de Maputo,um ponto de encontro, de passagens, de rotinas e de mudanças. É prático porque fica ao pé da Irex. Leia o que diz a equipa do Laboratório sobre o Mercado.
Há 40 anos que Celeste Rafael Simango vende capulanas e piripiri no Mercado. Viu a independência, transitou da economia marxista ao capitalismo selvagem, viveu a guerra e a paz. Assistiu a criação do Mercado e, se calhar, assistirá o seu fim. Quem sabe se a frenética especulação imobiliária dará conta do Mercado para construir um prédio de escritórios e restaurantes de luxo? Conheça a dona Celeste aqui.
A vida de Silva Muchanga Francisco, 21, é influenciada por números. No seu trabalho – degolar, depenar e vender galinhas – se orgulha de tratar uns 150 frangos por dia. Não sabe o nome da sua profissão mas concorda que podemos chamá-lo “o degolador”. Saiba mais sobre ele aqui.
Risco para a saúde: As cozinheiras do Mercado cuidam da higiene no seu trabalho, mas a desorganização do local não lhes ajuda. Os degoladores e os vendedores de frangos e de carvão passam refeições lado a lado com sangue e moscas. Falta, no Mercado, canalização para escoar as águas residuais, contendores de lixo, e protecção de barracas e pessoas contra a chuva.