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Os fiéis da Igreja Católica que na quinta-feira nove de Maio deslocaram-se ao Santuário da Namaacha, na peregrinação arquidiocesana anual, peregrinaram sem qualquer tipo de protecção da polícia, nem assistência da Cruz Vermelha, o que não é habitual nestas situações.
Do centro da Cidade de Maputo à Vila da Namaacha são 80 quilómetros. A peregrinação iniciou na quinta-feira. Até ao final da tarde da sexta-feira a equipa de reportagem estava no Santuário, no entanto durante o percurso não viu nenhum agente da Polícia nem técnicos de primeiros socorros da Cruz
Vermelha. Esta situação deixou à mercê os milhares de crentes que caminhavam longo percurso.
Quando questionados sobre a Cruz Vermelha que habitualmente oferece alguns cuidados de saúde e água aos peregrinos que esperavam algum apoio, os peregrinos mostraram-se preocupados, por um lado, mas, por outro lado, firmes no propósito - chegar ao Santuário “Nossa Senhora de Fátima”. “Não quero mais nada, só quero chegar”, disse um peregrino.

 

 

Peregrinação sem Polícia nem Cruz Vermelha

A Comissão Diocesana de Saúde da Igreja Católica e a Cruz Vermelha local uniram esforços no apoio aos peregrinos.
Segundo Sebastião Wane, responsável pela Comissão, a igreja dispunha de uma viatura para ajudar os peregrinos. Nélcia Gabriel, peregrina, beneficiou do apoio “cerca de 23 ou zero horas, não conseguia caminhar e fui socorrida".
A Cruz Vermelha local instalada no Santuário atendeu 419 pessoas que padeciam de diferentes tipos de traumas, contou Pedro Matsombe, da Cruz Vermelha.
Sobre a ausência da Cruz Vermelha a nível provincial, Matsombe disse que foi solicitada, mas aquela não deu qualquer explicação.
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Polícia pediu gasolina à Igreja





No cruzamento entre a EN2 e EN3, esta última que vai a Goba, Algo nos chamou particular atenção: um grupo de senhoras de boa -fé oferecia chá e massagem aos peregrinos que escalavam aquele local para repousarem.
 
Polícia pede gasolina à Igreja

Segundo alguns residentes da vila, a polícia terá  pedido dinheiro à igreja alegadamente porque não tinha combustível.
Segundo a nossa fonte, a igreja pensando no bem dos crentes deu dinheiro à polícia para cumprir com o “seu dever de proteger os cidadãos”.
Tardiamente, por volta das 23 horas, e na última noite da peregrinação, a policia tentou ludibriar as pessoas.
Com duas viaturas, incluindo a do Conselho Municipal da Namaacha, fizeram aquilo que na gíria se diz “para o inglês ver”, porque a maior parte do tempo em que os peregrinos pudessem  precisar de protecção, aquela esteve ausente - o mais grave, a noite, numa estrada com trafico de caminhões  
Mesmo se a polícia estivesse preocupada com a segurança dos crentes, não iria fazê-lo com apenas duas viaturas e uma dúzia de agentes para todo o trajecto.
Crentes e Cruz Vermelha local unem esforços
 

Pessoas de boa fé apoiam

André Mulungo

Filomena Amade, uma das pessoas de boa-fé, diz que ajuda às pessoas há 10 anos e gosta de ajudar como forma de incentivar os peregrinos, particularmente os jovens.“Quando chegamos aqui ficamos muito satisfeitos, fazem-nos massagens, sentimos que temos energia para seguirmos”, conta Helena Ofélia, uma peregrina.
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